sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Tratado de psiquiatria

Os lagartos, devido à singularidade da sua sintomatologia, justificam uma volumosa adenda aos emblemáticos tratados de psiquiatria que serviram e continuam a servir de estudo a alguns de nós.
Atentemos na semiologia do paciente: os medos não provêm dos fantasmas que os atormentam; existe um deslocamento que facilita a congregação destes fantasmas num só, de nome Sport Lisboa e Benfica.
São mentirosos compulsivos, acreditam nas suas mentiras e utilizam-nas, pensam eles, como veículo privilegiado para propalar a sua duvidosa credibilidade e notoriedade (Continuamos ansiosamente a aguardar as imagens das gravações do final do último derbi e registamos o desmentido da uefa e da liga portuguesa de futebol profissional, relativamente à nova decoração da latrina, que hoje surgiram na imprensa diária).
Projectam, nos outros, a responsabilidade por todos os males do mundo que obstam à sua felicidade.
Defendem a auto-mutilação, desde que o fantasma sofra uma mutilação mais severa.
As actividades do quotidiano são modeladas pelo modus vivendi  e pelo modus operandi do fantasma.
Face a tudo isto, parece fulcral a prevenção do suicídio, na medida em que os comportamentos patenteados nos últimos anos atestam, inequivocamente, quanto à pertinência deste hipotético quadro. Neste sentido, solicita-se à clínica azul que prescreva uma terapêutica alternativa ao 605 forte que vem sendo utilizado há alguns anos.


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